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A contribuição do BioParque na Restauração dos Ecossistemas

Categoria Biodiversidade Meio ambiente

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Há 46 anos comemoramos, no dia 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente. Neste 5 de junho de 2021, temos muito pouco a comemorar no mundo e, em especial, no Brasil. Nossas florestas e toda a sua biodiversidade nunca estiveram tão ameaçadas com as frequentes queimadas, os descontrolados desmatamentos e, principalmente, com a fragilização das regras que visam sua proteção. Segundo dados da própria ONU, confirmados por instituições de estudos e de pesquisas, o mundo perdeu entre 1990 e 2017, 178 milhões de hectares (ha) de florestas. Destes 178 milhões de ha, o Brasil, infelizmente, contribuiu com 51,9% do desmatamento global, desmatando neste mesmo período, 92,3 milhões de ha. A Floresta Amazônica, o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga, os Pampas e a Mata Atlântica são ecossistemas brasileiros que se encontram em processo acelerado de degradação permanente. Isso traz sérios riscos para o equilíbrio do clima, afetando drasticamente o regime de chuvas, contribuindo para o aquecimento global e para os desastres naturais.

No âmbito mundial, temos vivenciado graves problemas decorrentes da degradação dos ecossistemas e do aquecimento global. Estamos vivendo tempos difíceis, marcados por desastres ambientais, crises sanitárias, pandemia, flagelos sociais e conflitos humanitários. Se compreendermos o planeta como um sistema integrado, como um grande ecossistema, fica fácil entender o porquê da confluência de todas essas crises. O planeta é vivo e toda forma de vida requer equilíbrio. Ameaçar o equilíbrio de um sistema integrado é colocar em risco todas as formas de vidas que integram esse sistema.

Mas é principalmente diante das adversidades que precisamos unir nossas energias e ir adiante. Temos que permanecer confiantes, esperançosos e, mais do que nunca, ativos e empenhados na busca de soluções.

E foi nessa busca que, no dia 5 de junho, dia Mundial do Meio Ambiente que a Assembleia Geral das Nações Unidas lançou um apelo global declarando os anos de 2021 a 2030 a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas. Liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, essa década foi projetada para Prevenir, Deter e Reverter a degradação dos ecossistemas em todo o mundo. A Década da ONU reunirá o apoio político e financeiro à pesquisa científica para ampliar, em grande escala, a restauração com o objetivo de revitalizar milhões de hectares de ecossistemas terrestres e aquáticos.

A Década da Restauração dos Ecossistemas é uma tarefa voltada a todos os países do mundo. Deve ser acatada por todos, desde as instituições governamentais, os poderes públicos que detêm a responsabilidade maior de proteger o patrimônio ambiental da nação, como também por todas as demais entidades e organizações públicas e privadas da sociedade, assim como toda a população.

Combater a degradação ambiental e restaurar os ecossistemas, como propõe a ONU, exigirá de todos nós muita disposição, comprometimento, coragem, ação e espírito de luta. Luta essa que deverá partir do individual e alcançar o coletivo.

Para orientar as pessoas no propósito de restauração de ecossistemas a ONU apresenta os seguintes caminhos:

  • Adoção de ações iniciando ou apoiando um projeto de restauração local;
  • Fazer escolhas inteligentes e sustentáveis;
  • Levar sua voz em apoio à conservação e à restauração de ecossistemas.
  • Como entidade privada, o BioParque se orgulha em participar de maneira importante nesse propósito de Restauração de Ecossistema da ONU e segue, literalmente, os caminhos propostos por ela. E faz isso de forma espontânea ao desenvolver sua atividade fim que se culmina com o plantio de árvores de espécies nativas do ecossistema local. Dessa forma, recupera e restaura flora e fauna e enriquece o ecossistema. Além disso, o BioParque Nova Lima, em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), está plantando espécies arbóreas nativas para recompor e reflorestar trechos da mata local que, ao longo do tempo, perderam suas características originais por ação de atividades humanas.


    BioParque: Plantio de espécies nativas.


    BioParque: Plantio de espécies nativas.

    Com DNA ecológico, o BioParque é um empreendimento que prima por fazer escolhas inteligentes, tendo toda a sua implantação e operação apoiadas em princípios de sustentabilidade.

    Por fim, o BioParque Nova Lima, com galerias de exposição permanente, irá apresentar de forma reflexiva e lúdica os ecossistemas brasileiros. Trilhas ecológicas serão, também, importantes recursos para apresentar às pessoas a biodiversidade local, suas características e sua importância na manutenção do ecossistema. Acreditamos que é preciso conhecer para criar laços e que, é a partir desses laços que surge o cuidado, fator tão essencial à preservação dos ambientes naturais.

    MT

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